Por Ricardo Antunes.
A sexta se vai sem operação da lava jato logo mas nem precisava. O ex-presidente Lula (PT) foi mais uma vez denunciado por “tráfico de influência. Dilma Rousseff (PT) acusada por Marcelo Odebrecht de pedir R$ 4 milhões para a campanha da senadora petista, Glesi Hoffmann. O governador tucano, Geraldo Alckimin (PSDB) foi capa da Folha de São Paulo com mais de R$ 10 milhões “cash”, segundo a mesma delação.
No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) teve seus bens bloqueados enquanto que o ex-governador Sergio Cabral (PMDB), preso em Bango, vai para uma em Curitiba. Outro que também “rodou” foi o presidente Michel Temer (PMDB). Segundo a Veja, ele recebeu propina R$ 10 milhões da Odebrecht.
O Jornal Nacional também antecipou a delação e citou os nomes de Romero Jucá, Moreira Franco e Eliseu Padilha, os dois últimos, ministros do atual governo. O STF terá tempo e vontade para julgar todos? é uma pergunta que Brasília não quer nem saber.
Parece sexta-feira 13 mas não é. Onde vamos parar? ninguém sabe. E o Renan Calheiros (PMDB)? bem, o Renan, como Serra (PSDB), também foi citado e vai ganhar mais um processo logo, logo. Leiam nossa análise:
O sistema político apodreceu de tanta corrupção e os atores fingem “brigar” entre si enquanto, na verdade, são os mesmos. As vísceras estão ás mostras e o Rei está nu. Um país que poderia ser um gigante tropical se perdeu com uma elite patrimonialista e um povo que, sem educação, só pensa em samba, cerveja e carnaval.
O “jeitinho” famoso nos condena a ser um dos países mais desiguais do mundo onde a riqueza e a pobreza caminham juntas, lado a lado, como que condenando todos nós ao fracasso, ao espelho de nossas próprias contradições. A sociedade, atônita, assiste tudo sem saber onde isso vai parar. É como se a longa noite não tivesse mais fim.