Por Ricardo Antunes — A revelação da deputada federal, Joice Hasselmann, de que não se lembra do que aconteceu com ela durante a noite que passou em sua própria casa não se sustenta. A avaliação é de um delegado da Polícia Federal de Brasília que conversou com o nosso blog.
Sob a condição do anonimato ele disse que seria praticamente impossível a deputada ter ficado do jeito que ficou sem ter saído de casa. Uma das versões que “corre solta” em Brasília é de que ela teria se drogado com um suposto amante, que a teria espancado.
Para o caso não virar um escândalo, ela teria contado com o apoio do marido e inventando que todos os seus machucados ocorreram no seu apartamento funcional em Brasília.
Na verdade, ainda segundo a versão do delegado, a deputada fez uso de drogas pesadas junto com um amigo numa festa íntima onde também teria rolado muita bebida.
Ele não quis informar como ela chegou em casa, mas disse que “em breve tudo será esclarecido”. Alvo de comentários maldosos dos bolsonaristas que não a perdoam por ter brigado com o presidente Bolsonaro, a deputada foi um fenômeno na eleição de 2020 quando teve mais de 1 milhão de votos para deputada federal.
Chegou a ser líder do Governo, mas depois caiu em desgraça quando começou a brigar com os filhos do presidente. No Congresso muita gente acha que, embora esteja fazendo um mandato propositivo, ela terá dificuldades em se reeleger.
O Blog procurou a assessoria da deputada que informou que não vai comentar “suposições” e que ela é a mais interessada no esclarecimento dessa história.
Na versão da deputada, ela disse que acordou com marcas de sangue no chão de casa, com dois dentes quebrados e um corte no queixo. E contou que ligou para o marido, médico, que dormia em outro quarto e a socorreu.
O caso gerou diversos questionamentos e muitas perguntas ainda estão sem respostas.
- Se ela estava em casa, como foi realizado o suposto atentado? Alguém entrou no quarto dela e a agrediu?
- Como o suposto agressor entrou em um prédio com câmeras e portaria, subiu até seu apartamento, desceu, e não foi identificado?
- Como o agressor entrou sem deixar rastros de arrombamento? Era um conhecido que tinha acesso às chaves do apartamento?
- Ninguém dentro de sua casa percebeu as agressões?
- O marido no quarto ao lado não ouviu nenhum ruído estranho? Ou seria cúmplice da armação?
- Enfim, são muitas as versões em Brasília e uma certeza: a história está muito mal contada.